terça-feira, 12 de maio de 2009

HISTÓRIA E EVOLUÇÃO DA DESCRIÇÃO ARQUIVÍSTICA


INTRODUÇÃO

Vivemos atualmente na era da Informação e do Conhecimento. A evolução da tecnologia eletrônica, característica definidora desta época, possibilitou o acesso a bancos de dados e acervos dos mais variados tipos, além de possibilitar a rápida troca de informações entre pessoas situadas a enormes distâncias por um baixo custo, algo impensável há poucas décadas.

Paradoxalmente, a gigantesca disponibilidade de informações e documentos proporcionada pela rede mundial de computadores (internet) oferece um panorama dos novos desafios colocados à ciência da informação. Em outras palavras, muitas vezes acessar rapidamente um documento ou informação na internet, resgata o velho dito popular de “procurar uma agulha num palheiro”.

As contribuições que a arquivologia pode oferecer na resolução destes novos desafios são ainda questões em aberto, mas certamente conceitos como os de classificação e descrição, para ficarmos em apenas dois exemplos, terão um importante papel nessa discussão.

Neste sentido, entendemos que a plena utilização dos recursos oferecidos pelas novas tecnologias de informação pode ser potencializada pela padronização da descrição dos documentos, a fim de que diferenças culturais não impeçam ou atrapalhem a recuperação das informações desejadas.

Esta é uma antiga preocupação dos arquivistas, refletida no grande esforço desenvolvido nas várias escolas internacionais e nos numerosos trabalhos já publicados. Antecede o “boom” das tecnologias eletrônicas, mas possui preocupações similares quando aponta que uma descrição padronizada pode ajudar uma localização mais rápida das informações desejadas, contribuindo assim para que a pesquisa científica ofereça respostas mais precisas em intervalos de tempo menores. Por outro lado, de pouco adiantam as modernas técnicas de preservação e recuperação de documentos se estes não forem corretamente identificados a fim de permitir o seu acesso em qualquer parte do mundo.

Para entrarmos neste debate entendemos ser fundamental retomar a evolução histórica do conceito de descrição, o que nos propomos a fazer neste trabalho.

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