quinta-feira, 21 de abril de 2016

Acesse o site de Gilson Volpato, que nos fala sobre a construção de uma sociedade melhor, assumindo a educação e a ciência como base para nossa sociedade.



terça-feira, 19 de maio de 2009

A formação de coleções: sob o prisma dos objetos semióforos



INTRODUÇÃO - Marcos Paulo de Passos
Conforme observa Murguia (2006), é a partir dos estudos empreendidos por Pomian (1998) acerca do conceito de objetos semióforos[1] que a Ciência da Informação pode resgatar aspectos de estudos da área relacionados ao colecionismo. Se por um lado o desenvolvimento de coleções nos reporta a aspectos administrativos de algumas áreas cobertas por estudos presentes na Ciência da Informação, quais sejam, arquivologia, museologia e, principalmente, biblioteconomia, por outro, implica resgatar uma prática antiga na história dos homens, o colecionismo de objetos, ou seja, a formação de coleções.
Neste contexto, pretendemos desenvolver um trabalho voltado para a compreensão da formação de coleções de caráter pessoal, já que estes podem – ou não – culminar na fundação ou implantação de instituições coletoras de cultura, tais como arquivos, museus, bibliotecas, entre outros centros. Nosso interesse está focado em considerar os aspectos intelectuais e afetivos envolvidos na relação colecionador/ objeto. Para tanto, pretende-se aprofundar nosso entendimento acerca de colecionismo e de objetos semióforos à luz dos estudos empreendidos por Pomian. Restringimos nosso enfoque às coleções fotográficas, primeiramente, uma vez que estas apresentam aspectos concernentes às observações do autor acerca de sua classificação de objetos. Os enquadramentos teóricos e metodológicos da pesquisa pretendem apresentar como textos basilares a movimentação e articulação de bibliografia presente tanto na Ciência da Informação quanto nas Ciências Humanas e Sociais, procurando sempre estabelecer a relação entre uma e outra, ainda que sob aspectos de convergência e/ ou divergência. Sem pretensão de apresentarmos nosso trabalho por ineditismo, pretendemos partir dos estudos realizados por Maria de Lourdes Lima em recente defesa de tese pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, na cidade de Marília em 2009. Precisamente, seus procedimentos metodológicos nos apresentam um norte referencial acerca dos aspectos presentes na formação e estudo de coleções do qual pretendemos avançar. Dessa forma, pretendemos nos apropriar do método e, em seguida, verificar sua aplicabilidade em outras fontes de informação contidas em diferentes tipos de coleções como, por exemplo, a filatelia, numismática, herbários entre outras.

[1] Semióforo vem do grego semeiophoros, composta por outras duas palavras: semeion – “sinal” ou “signo”, e phoros – “trazer para a frente”, “expor”. (cf. SILVA, 2008)

quarta-feira, 13 de maio de 2009

PROJETO PARA ORGANIZAÇÃO DE ARQUIVOS ELETRÔNICOS NUM SITE MUSICAL



INTRODUÇÃO (de Norberto)

Numa nova perspectiva virtual e criando um receptivo ambiente de gestão de documentos, Arquivo Digital no site de gênero específico, Usina do Rock, será a proposta do projeto que caminhará a passos longos e ao mesmo tempo desafiador na organização e estruturação de imagens, fotos, jornais e um banco de dados; contribuindo deste modo na organização de uma arquitetura informacional e tecnológica.
A missão será a disponibilização ao usuário e a sua participação como utilizador de serviços prestados e servidos, compartilhando assim a informação. Um longo e contínuo, mas bem elaborado, caminho é o que se espera alcançar, ainda mais assessorando e interagindo com o usuário em sua visita. È importante o projeto trazer a confiabilidade, facilidade e principalmente a proposta almejada: a inovação e visão técnica como tentativa de atender as reais necessidades dos cidadãos.
Em se tratando de outros sites do gênero, música e focado em rock’n’roll, o que se tem visto é uma não eficaz ação elucidativa de fatos e registros históricos, claro que na opinião crítica do profissional da informação, servindo, portanto, como parâmetro no projeto, à medida que a função do Bibliotecário é organizar e classificar o trajeto a ser seguido, na qual as aplicações de contextualizações e de lógicas instantâneas ajudarão aos usuários em suas localizações. Ainda mais um projeto que já caminha com alguma autonomia, tendo registrado o seu domínio, páginas com link (criação no Fhotoshopping), catalogação em Dublin Core e pesquisas bibliográficas. As futuras inserções contarão com arquivos áudio visual, serviços efetivos em prol do usuário, linguagens padrão e metadados bem definidos no registro das informações.
Os historiadores precisam escrever e interpretar a história brasileira. São, portanto, muito sensíveis ao caos que se encontram os documentos de arquivo. Então resolvem participar da nossa luta para salvar a História Brasileira. Deparam-se com as massas documentais acumuladas e antigas. Em vários países, os historiadores tiveram papel importante para divulgar o valor dos documentos. Mas, cabe ao Arquivista a tarefa de organizar as massas documentais acumuladas e antigas. Nossa metodologia arquivística, deve, portanto sobrepujar às demais (CASTRO; CASTRO; GASPARIAN, 2007).
Enquanto o profissional em questão tenta se enquadrar em novos conceitos da profissão, com a função neste projeto de exercer o perfil de educador informativo também, há que se acreditar no entretenimento não só como vazão de aficionados colecionadores, mas sobremaneira na extensão cultural valorizando sempre mais o “Patrimônio Arquivístico”. Também ênfase será destinada ao Marketing, primordial para junção dos valores agregados e para distribuição e organização de eventos eletrônicos.
No campo da Biblioteconomia o investimento se torna incansável nas áreas do conhecimento específico, por isso é fundamental mostrar de forma prática alguns mecanismos ou ferramentas de busca na recuperação da informação e classificação, como por exemplo: a indexação de termos, com conteúdo, contexto e estrutura abrangentes, através da taxonomia, elaborados a partir do gênero citado.
A melhor maneira de preservar o conteúdo, o contexto e a estrutura de um documento é gerenciá-lo dentro de um sistema de arquivamento. Um sistema de arquivamento não é só uma peça de “software”. È um sistema completo para capturar, manter e acessar os documentos ao longo do tempo (CASTRO; CASTRO; GASPARIAN, 2007).
Com a inserção de documentos eletrônicos no site “Usina do Rock” espera-se uma mobilidade no empenho de servir a cultura e a seus usuários, sobretudo, viabilizando rotinas de ganho de tempo, melhores resultados, organizando de forma clara e objetiva arquivos, pastas e suas descrições, num ambiente on-line ou inspirado na web, nascendo digital ou não, capacitando às reais necessidades dos visitantes, de forma que assim sendo o prazer pela profissão se tornará ainda mais gratificante

Memória Empresarial


Introdução de Mariana Ramalhaes Feitosa

Todo e qualquer ser humano, desde o nascimento, constitui individualmente ou em grupo uma história de vida, e as empresas não são diferentes.
Desde a fundação de qualquer empresa uma história está sendo composta, o local onde ela está localizada, o dono da empresa, os funcionários, o ramo exercido, os produtos oferecidos, orçamentos, fornecedores, entre outros acontecimentos comuns nas organizações. Todas essas funções fazem parte da história da empresa, e com o passar do tempo para que ela seja retratada em todos seus detalhes é preciso recorrer ao que chamamos de memória.
A memória tem como referência registrar fatos ou lembranças ocorridas, com as pessoas e nas organizações constituídas por elas.
As empresas estão frente a um novo cenário, um mercado mais competitivo e complexo, o qual exige delas uma nova forma de destaque na sociedade. Atualmente, um dos diferenciais encontrados é o desenvolvimento de sua história e a Memória Empresarial vem a contribuir positivamente para o fortalecimento da imagem da organização.
A Memória Empresarial é uma ferramenta de comunicação corporativa, capaz de fortalecer a identidade da organização para que não percam a sua história com o tempo, e sim a valorize e a controle.
Este trabalho visa abordar a importância da Memória Empresarial, indicando maneiras para que ela seja trabalhada e mantida; como ela pode contribuir para comunicação interna e externa da empresa; e por fim, fazer da empresa um grande diferencial no mercado.

GESTÃO ELETRÔNICA DOS DOCUMENTOS DE COMUNICAÇÃO INTERNA


Introdução (do Trabalho de Lígia Vera)

Enquanto nas empresas privadas a convivência com a mudança paradoxalmente virou rotina, em boa parte das instituições públicas ainda perdura a estagnação, principalmente no que diz respeito às estruturas organizacionais, nas quais predominam a acentuada departamentalização.

De acordo com a ciência da administração, a departamentalização veio para atender a necessidade da execução especializada de determinadas atividades nas empresas, mais acentuadamente na área administrativa. Temos aí outro paradoxo: ao lado da acentuada departamentalização, cujo intuito deve ser a especialização, temos indivíduos das mais variadas áreas executando as mesmas tarefas de forma totalmente diversificada.

Paralelamente nas instituições públicas ocorreu nos últimos anos um considerável investimento em tecnologia, o que, se por um lado trouxe avanços, por outro lado instalou o caos administrativo.
Com o advento da microinformática, ocorreu a descentralização do uso da informática nas empresas e instituições em geral.

A partir desta mudança, todas as áreas passaram a processar seus dados e executar suas atividades em suas próprias estações de trabalho, apoiados por aplicativos dos mais diversos tipos e funções.

Na esteira desta mudança, teve início nas instituições públicas, a terceirização dos serviços da área-meio, onde fatalmente estava incluída a área de informática, em cujas contrações nem sempre a empresa vencedora era a que reunia a melhor técnica.

No entanto, estas recebiam a tarefa de automatizar todas as atividades administrativas, sem que para tanto houvesse primeiro a devida revisão ou definição de fluxos, rotinas, normas e procedimentos que norteassem o desenvolvimento de cada projeto. Desta forma, em vez de uma melhor organização, passou-se a ter a informatização da desorganização.

Com esta rápida e desordenada automação dos serviços administrativos, a comunicação interna sofreu uma drástica e brutal mudança, passando a ser feita praticamente por meio do correio eletrônico, sem o estabelecimento de critérios e de delegação de atribuições a profissionais devidamente qualificados para este fim. O que antes tinha registro e era controlado por algumas áreas, passou a ser executado por qualquer servidor, efetivo ou terceirizado, de qualquer área da instituição. O resultado não podia ser mais desastroso: uma veiculação acelerada e duplicada, sem padronização de linguagem e de formatos, e principalmente sem nenhuma preocupação com a gestão da manutenção e disponibilização dos documentos de comunicação veiculados para recuperação e consultas futuras.

Daí surge a pergunta: é possível ordenar e otimizar a comunicação interna nas instituições públicas?

Desenvolver uma proposta que traga uma resposta positiva a esta questão para transformar a comunicação interna numa ferramenta eficiente e eficaz é o objetivo deste trabalho.

Projeto de gerenciamento de documentos institucionais


Introdução

O gerenciamento dos documentos institucionais em biblioteca é fundamental para a organização e controle da entrada e saída dos mesmos.

Normalmente em biblioteca os documentos institucionais são encaminhados pelas secretárias ou diretorias da instituição. Existe uma periodicidade a ser observada na guarda destes documentos.

O gerenciamento destes documentos deverá ser diferenciado do tratamento normalmente realizado nos diversos tipos de materiais. A classificação utilizada para os materiais geralmente é a CDD ou CDU, porém os documentos institucionais podem ser classificados somente em ordem numérica seqüencial e por data, inseridos em base de dados que gerenciam as informações específicas relacionadas a cada documento.

Existem vários tipos de documentos institucionais tais como: manuais, regimentos internos, regulamentos, avaliação educacional, avaliação institucional, comunicação visual, informação aos alunos, normas, projetos de lei, etc.

A gestão de documentos em organizações deverá ser adequada às tabelas de temporalidade, destino dos documentos, de procedimentos de busca e trâmite da documentação.
O sistema, ou melhor, software de apoio à gestão documental deve atender os princípios e práticas da arquivologia, a escolha do mesmo é muito importante obter uma facilidade de uso e disponibilizar recursos avançados e tecnicamente corretos.

Estudo de caso AG



INTRODUÇÃO de Rosangela Rosa Moraes

As publicações e os eventos atuais da área de documentação tem exibido um cenário onde as empresas demonstram uma certa urgência em obterem soluções para algumas ineficiências apresentadas em seus sistemas de gestão de documentos.

No momento fazemos parte deste cenário. Trabalhamos numa empresa onde os sistemas de gestão de arquivo e documentação já estão implantados, com resultados bastante positivos.

Porém, o fato da empresa ser do ramo da construção pesada, faz com que suas atividades se estendam do corporativo, para os canteiros de obras que detêm no território brasileiro.

Na área corporativa o monitoramento das atividades após a implantação da gestão se dá de uma maneira mais facilitada. É como se a cultura da otimização de espaço, organização e disponibilização de informação já estivessem incutidas nas cabeças o que viabiliza nosso trabalho.

O mesmo não acontece nos canteiros de obra. A demanda de trabalho é outra. Tudo na obra é muito dinâmico, sendo que as atividades estão sempre ligadas ao tempo de duração dela assinado em contrato, inclusive a rotatividade de funcionários.

Neste trabalho faremos um estudo do processo da implantação da gestão de arquivos nestas obras. Para tal, primeiramente faremos uma descrição das etapas que o envolve. Apontaremos a seguir alguns pontos frágeis que temos encontrado durante sua implantação, e que tem impedido um total êxito no desenvolvimento do processo até a sua conclusão. A seguir faremos a exposição de algumas propostas para sua melhoria.

terça-feira, 12 de maio de 2009

Preservação do registro documental – a memória em questão.


Introdução:


A era da tecnologia vem se aprimorando cada vez mais. Com ela veio necessidades e viabilidades para facilitar o trabalho de muitos profissionais.
E uma das áreas que de alguma forma se viu diante desses novos tempos foi a Arquivologia, que é um conjunto de princípios, conceitos e técnicas a serem observados na produção, organização, guarda, preservação e uso de documentos em arquivos, além é claro, de outros profissionais que trabalham em outras entidades que se ocupam da guarda de documentos, tais como bibliotecas e museus.
O contato com essa nova era foi através do recurso: digitalização. A migração de documentos para o formato digital só se deve o fato de uma necessidade em preservar a informação por mais tempo que o aporte em papel oferece e, além é claro, do custo reduzido em que um aporte digital oferece, porém é importante ressaltar que um registro documental em sua “essência” é associado a um sentido histórico, é a representação de imagens de um passado que se torna vivo, é uma memória escrita e por isso é preciso levar em conta dois pressupostos fundamentais: 1) que os registros documentais atestam ações e transações, e 2) que sua veracidade depende das circunstâncias de sua criação e preservação: acontecimentos e coisas que merecem ser preservadas porque são coletivamente significativas em sua diversidade. Cada registro documental assume um lugar único na estrutura documental do grupo ao qual pertence e no universo documental.
A natureza da prova documental é de primordial importância e diz respeito tanto ao direito, que regula a conduta de nossa sociedade, como à história, que a explica. De fato, ambos contam com a reconstrução mental do passado para seus julgamentos e interpretações.
A responsabilidade em preservar o registro documental beneficia não tão só a pesquisa cientifica e sim ira ajudar a reconstruir vestígios de atividades sociais que se foram, atividades essas registradas, trazendo em sua essência a explicação do presente e o estabelecimento entre a história e a memória, o passado e o presente.
Diante dessa responsabilidade cultural, social e histórico do registro documental é preciso ter muito cuidado em transformá-lo em um documento digital. Essa mudança pode representar um fator muito importante para a característica física do documento. A informação pode se manter intacta mais o objeto, a massa documental pode perder significados temporais. Além disso, tem que se pensar na autenticidade do documento. Com a digitalização pode se manipular informações tornando-as irreais. E por isso como Luciana Duranti afirma: “proteger os documentos contra a manipulação ilegítima ou a destruição é o primeiro dever dos arquivistas” e além disso é importante:
“a análise dos registros documentais o método básico pelo qual se pode alcançar a compreensão do passado tanto imediato quanto histórico, seja com propósitos administrativos ou culturais. A natureza da prova documental é de primordial importância e diz respeito tanto ao direito, que regula a conduta de nossa sociedade, como à história, que a explica. De fato, ambos contam com a reconstrução mental do passado para seus julgamentos e interpretações. Essa reconstrução não pode ser feita cientificamente - no sentido dos experimentos desenvolvidos em ambiente de laboratório - e tampouco seus resultados podem ser absolutamente certos, porque os fatos passados não podem ser repetidamente reproduzidos e observados. O passado é essencialmente não verificável e só pode ser descoberto por dedução. Por conseguinte, tanto o direito quanto a história precisam contar mais com probabilidades lógicas do que com certezas para alcançar seus objetivos. A fim de superar as limitações inerentes da prova documental ambas as disciplinas desenvolveram meios semelhantes de avaliá-la e assegurar sua fidedignidade, pois compartilham a mesma necessidade de prova precisa e autêntica” (DURANTI, LUCIANA. ESTUDOS HISTÓRICOS vol. 7 , 1994.)
Além disso há também uma magia em manusear documentos originais pois é muito mais prazeroso e muito mais envolvente quando se está fazendo uma pesquisa em contato com o original em que consultar cópias além disso o documento é um dos testemunhos do passado o que torna insubstituível e único.
Além da informação nele contido, em seu próprio aporte físico traz em sua essência significados históricos que necessitam ser mantidos por séculos à frente, tanto quanto for possível, para as gerações futuras. Esses documentos compõem um legado cultural e histórico para a humanidade. intrinsecamente ligado ao real e ao que tem registrado. Por isso se volta a atenção para a preservação desses tipos de documentos, de cunho histórico e cultural e que, por isso, necessitam de guarda permanente
É claro que é preciso repensar na integridade física de cada documento. E com a explosão da digitalização foi uma das tentativas em preservar um pouco mais os registros documentais e facilitar o acesso as informações nele contido. Porém a “análise da situação, o planejamento arquivístico, a disponibilidade de recursos, a aplicação de métodos e tecnologias necessárias para que a informação esteja acessível à comunidade alvo, a longo prazo, a capacidade de manutenção da integridade e acessibilidade da informação, o acesso não-autorizado, a representação, a interpretação da informação entre tantas variáveis, são preocupações que permeiam a literatura acerca da preservação ou arquivamento digital. (HEDSTROM apud THOMAZ; SOARES, 2004; TASK FORCE ON ARCHIVING OF DIGITAL INFORMATION apud THOMAS; SOAREZ, 2004). E isso se dá principalmente porque os registros eletrônicos são muito instáveis, dependem dos softwares adotados e sofrem rápida obsolescência, o que pode provocar a perda do contexto documental dos registros, ou, em termos tradicionais, da ordem original.
Além disso, é importante ressaltar no controle efetivo da informação, pois a preocupação com a memória e fundamental, pois muitos se têm produzido hoje é um registro de forma não-material, por isso a preservação da totalidade da massa documental produzida por algumas instituições, física é necessário e em contrapartida é importante ter um esses mesmo documentos no digital, mesmo que seja um peso no orçamento, pois eliminar o documento físico seria um golpe na história. O arquivo criado por uma organização não conta apenas sua história, mas aliado a um conjunto testemunhal composto de informações externas, arquivísticas ou não, constitui memória, cuja extensão pode se revelar surpreendente. (BELLOTO, 2004).

HISTÓRIA E EVOLUÇÃO DA DESCRIÇÃO ARQUIVÍSTICA


INTRODUÇÃO

Vivemos atualmente na era da Informação e do Conhecimento. A evolução da tecnologia eletrônica, característica definidora desta época, possibilitou o acesso a bancos de dados e acervos dos mais variados tipos, além de possibilitar a rápida troca de informações entre pessoas situadas a enormes distâncias por um baixo custo, algo impensável há poucas décadas.

Paradoxalmente, a gigantesca disponibilidade de informações e documentos proporcionada pela rede mundial de computadores (internet) oferece um panorama dos novos desafios colocados à ciência da informação. Em outras palavras, muitas vezes acessar rapidamente um documento ou informação na internet, resgata o velho dito popular de “procurar uma agulha num palheiro”.

As contribuições que a arquivologia pode oferecer na resolução destes novos desafios são ainda questões em aberto, mas certamente conceitos como os de classificação e descrição, para ficarmos em apenas dois exemplos, terão um importante papel nessa discussão.

Neste sentido, entendemos que a plena utilização dos recursos oferecidos pelas novas tecnologias de informação pode ser potencializada pela padronização da descrição dos documentos, a fim de que diferenças culturais não impeçam ou atrapalhem a recuperação das informações desejadas.

Esta é uma antiga preocupação dos arquivistas, refletida no grande esforço desenvolvido nas várias escolas internacionais e nos numerosos trabalhos já publicados. Antecede o “boom” das tecnologias eletrônicas, mas possui preocupações similares quando aponta que uma descrição padronizada pode ajudar uma localização mais rápida das informações desejadas, contribuindo assim para que a pesquisa científica ofereça respostas mais precisas em intervalos de tempo menores. Por outro lado, de pouco adiantam as modernas técnicas de preservação e recuperação de documentos se estes não forem corretamente identificados a fim de permitir o seu acesso em qualquer parte do mundo.

Para entrarmos neste debate entendemos ser fundamental retomar a evolução histórica do conceito de descrição, o que nos propomos a fazer neste trabalho.