terça-feira, 19 de maio de 2009

A formação de coleções: sob o prisma dos objetos semióforos



INTRODUÇÃO - Marcos Paulo de Passos
Conforme observa Murguia (2006), é a partir dos estudos empreendidos por Pomian (1998) acerca do conceito de objetos semióforos[1] que a Ciência da Informação pode resgatar aspectos de estudos da área relacionados ao colecionismo. Se por um lado o desenvolvimento de coleções nos reporta a aspectos administrativos de algumas áreas cobertas por estudos presentes na Ciência da Informação, quais sejam, arquivologia, museologia e, principalmente, biblioteconomia, por outro, implica resgatar uma prática antiga na história dos homens, o colecionismo de objetos, ou seja, a formação de coleções.
Neste contexto, pretendemos desenvolver um trabalho voltado para a compreensão da formação de coleções de caráter pessoal, já que estes podem – ou não – culminar na fundação ou implantação de instituições coletoras de cultura, tais como arquivos, museus, bibliotecas, entre outros centros. Nosso interesse está focado em considerar os aspectos intelectuais e afetivos envolvidos na relação colecionador/ objeto. Para tanto, pretende-se aprofundar nosso entendimento acerca de colecionismo e de objetos semióforos à luz dos estudos empreendidos por Pomian. Restringimos nosso enfoque às coleções fotográficas, primeiramente, uma vez que estas apresentam aspectos concernentes às observações do autor acerca de sua classificação de objetos. Os enquadramentos teóricos e metodológicos da pesquisa pretendem apresentar como textos basilares a movimentação e articulação de bibliografia presente tanto na Ciência da Informação quanto nas Ciências Humanas e Sociais, procurando sempre estabelecer a relação entre uma e outra, ainda que sob aspectos de convergência e/ ou divergência. Sem pretensão de apresentarmos nosso trabalho por ineditismo, pretendemos partir dos estudos realizados por Maria de Lourdes Lima em recente defesa de tese pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, na cidade de Marília em 2009. Precisamente, seus procedimentos metodológicos nos apresentam um norte referencial acerca dos aspectos presentes na formação e estudo de coleções do qual pretendemos avançar. Dessa forma, pretendemos nos apropriar do método e, em seguida, verificar sua aplicabilidade em outras fontes de informação contidas em diferentes tipos de coleções como, por exemplo, a filatelia, numismática, herbários entre outras.

[1] Semióforo vem do grego semeiophoros, composta por outras duas palavras: semeion – “sinal” ou “signo”, e phoros – “trazer para a frente”, “expor”. (cf. SILVA, 2008)

quarta-feira, 13 de maio de 2009

PROJETO PARA ORGANIZAÇÃO DE ARQUIVOS ELETRÔNICOS NUM SITE MUSICAL



INTRODUÇÃO (de Norberto)

Numa nova perspectiva virtual e criando um receptivo ambiente de gestão de documentos, Arquivo Digital no site de gênero específico, Usina do Rock, será a proposta do projeto que caminhará a passos longos e ao mesmo tempo desafiador na organização e estruturação de imagens, fotos, jornais e um banco de dados; contribuindo deste modo na organização de uma arquitetura informacional e tecnológica.
A missão será a disponibilização ao usuário e a sua participação como utilizador de serviços prestados e servidos, compartilhando assim a informação. Um longo e contínuo, mas bem elaborado, caminho é o que se espera alcançar, ainda mais assessorando e interagindo com o usuário em sua visita. È importante o projeto trazer a confiabilidade, facilidade e principalmente a proposta almejada: a inovação e visão técnica como tentativa de atender as reais necessidades dos cidadãos.
Em se tratando de outros sites do gênero, música e focado em rock’n’roll, o que se tem visto é uma não eficaz ação elucidativa de fatos e registros históricos, claro que na opinião crítica do profissional da informação, servindo, portanto, como parâmetro no projeto, à medida que a função do Bibliotecário é organizar e classificar o trajeto a ser seguido, na qual as aplicações de contextualizações e de lógicas instantâneas ajudarão aos usuários em suas localizações. Ainda mais um projeto que já caminha com alguma autonomia, tendo registrado o seu domínio, páginas com link (criação no Fhotoshopping), catalogação em Dublin Core e pesquisas bibliográficas. As futuras inserções contarão com arquivos áudio visual, serviços efetivos em prol do usuário, linguagens padrão e metadados bem definidos no registro das informações.
Os historiadores precisam escrever e interpretar a história brasileira. São, portanto, muito sensíveis ao caos que se encontram os documentos de arquivo. Então resolvem participar da nossa luta para salvar a História Brasileira. Deparam-se com as massas documentais acumuladas e antigas. Em vários países, os historiadores tiveram papel importante para divulgar o valor dos documentos. Mas, cabe ao Arquivista a tarefa de organizar as massas documentais acumuladas e antigas. Nossa metodologia arquivística, deve, portanto sobrepujar às demais (CASTRO; CASTRO; GASPARIAN, 2007).
Enquanto o profissional em questão tenta se enquadrar em novos conceitos da profissão, com a função neste projeto de exercer o perfil de educador informativo também, há que se acreditar no entretenimento não só como vazão de aficionados colecionadores, mas sobremaneira na extensão cultural valorizando sempre mais o “Patrimônio Arquivístico”. Também ênfase será destinada ao Marketing, primordial para junção dos valores agregados e para distribuição e organização de eventos eletrônicos.
No campo da Biblioteconomia o investimento se torna incansável nas áreas do conhecimento específico, por isso é fundamental mostrar de forma prática alguns mecanismos ou ferramentas de busca na recuperação da informação e classificação, como por exemplo: a indexação de termos, com conteúdo, contexto e estrutura abrangentes, através da taxonomia, elaborados a partir do gênero citado.
A melhor maneira de preservar o conteúdo, o contexto e a estrutura de um documento é gerenciá-lo dentro de um sistema de arquivamento. Um sistema de arquivamento não é só uma peça de “software”. È um sistema completo para capturar, manter e acessar os documentos ao longo do tempo (CASTRO; CASTRO; GASPARIAN, 2007).
Com a inserção de documentos eletrônicos no site “Usina do Rock” espera-se uma mobilidade no empenho de servir a cultura e a seus usuários, sobretudo, viabilizando rotinas de ganho de tempo, melhores resultados, organizando de forma clara e objetiva arquivos, pastas e suas descrições, num ambiente on-line ou inspirado na web, nascendo digital ou não, capacitando às reais necessidades dos visitantes, de forma que assim sendo o prazer pela profissão se tornará ainda mais gratificante

Memória Empresarial


Introdução de Mariana Ramalhaes Feitosa

Todo e qualquer ser humano, desde o nascimento, constitui individualmente ou em grupo uma história de vida, e as empresas não são diferentes.
Desde a fundação de qualquer empresa uma história está sendo composta, o local onde ela está localizada, o dono da empresa, os funcionários, o ramo exercido, os produtos oferecidos, orçamentos, fornecedores, entre outros acontecimentos comuns nas organizações. Todas essas funções fazem parte da história da empresa, e com o passar do tempo para que ela seja retratada em todos seus detalhes é preciso recorrer ao que chamamos de memória.
A memória tem como referência registrar fatos ou lembranças ocorridas, com as pessoas e nas organizações constituídas por elas.
As empresas estão frente a um novo cenário, um mercado mais competitivo e complexo, o qual exige delas uma nova forma de destaque na sociedade. Atualmente, um dos diferenciais encontrados é o desenvolvimento de sua história e a Memória Empresarial vem a contribuir positivamente para o fortalecimento da imagem da organização.
A Memória Empresarial é uma ferramenta de comunicação corporativa, capaz de fortalecer a identidade da organização para que não percam a sua história com o tempo, e sim a valorize e a controle.
Este trabalho visa abordar a importância da Memória Empresarial, indicando maneiras para que ela seja trabalhada e mantida; como ela pode contribuir para comunicação interna e externa da empresa; e por fim, fazer da empresa um grande diferencial no mercado.

GESTÃO ELETRÔNICA DOS DOCUMENTOS DE COMUNICAÇÃO INTERNA


Introdução (do Trabalho de Lígia Vera)

Enquanto nas empresas privadas a convivência com a mudança paradoxalmente virou rotina, em boa parte das instituições públicas ainda perdura a estagnação, principalmente no que diz respeito às estruturas organizacionais, nas quais predominam a acentuada departamentalização.

De acordo com a ciência da administração, a departamentalização veio para atender a necessidade da execução especializada de determinadas atividades nas empresas, mais acentuadamente na área administrativa. Temos aí outro paradoxo: ao lado da acentuada departamentalização, cujo intuito deve ser a especialização, temos indivíduos das mais variadas áreas executando as mesmas tarefas de forma totalmente diversificada.

Paralelamente nas instituições públicas ocorreu nos últimos anos um considerável investimento em tecnologia, o que, se por um lado trouxe avanços, por outro lado instalou o caos administrativo.
Com o advento da microinformática, ocorreu a descentralização do uso da informática nas empresas e instituições em geral.

A partir desta mudança, todas as áreas passaram a processar seus dados e executar suas atividades em suas próprias estações de trabalho, apoiados por aplicativos dos mais diversos tipos e funções.

Na esteira desta mudança, teve início nas instituições públicas, a terceirização dos serviços da área-meio, onde fatalmente estava incluída a área de informática, em cujas contrações nem sempre a empresa vencedora era a que reunia a melhor técnica.

No entanto, estas recebiam a tarefa de automatizar todas as atividades administrativas, sem que para tanto houvesse primeiro a devida revisão ou definição de fluxos, rotinas, normas e procedimentos que norteassem o desenvolvimento de cada projeto. Desta forma, em vez de uma melhor organização, passou-se a ter a informatização da desorganização.

Com esta rápida e desordenada automação dos serviços administrativos, a comunicação interna sofreu uma drástica e brutal mudança, passando a ser feita praticamente por meio do correio eletrônico, sem o estabelecimento de critérios e de delegação de atribuições a profissionais devidamente qualificados para este fim. O que antes tinha registro e era controlado por algumas áreas, passou a ser executado por qualquer servidor, efetivo ou terceirizado, de qualquer área da instituição. O resultado não podia ser mais desastroso: uma veiculação acelerada e duplicada, sem padronização de linguagem e de formatos, e principalmente sem nenhuma preocupação com a gestão da manutenção e disponibilização dos documentos de comunicação veiculados para recuperação e consultas futuras.

Daí surge a pergunta: é possível ordenar e otimizar a comunicação interna nas instituições públicas?

Desenvolver uma proposta que traga uma resposta positiva a esta questão para transformar a comunicação interna numa ferramenta eficiente e eficaz é o objetivo deste trabalho.

Projeto de gerenciamento de documentos institucionais


Introdução

O gerenciamento dos documentos institucionais em biblioteca é fundamental para a organização e controle da entrada e saída dos mesmos.

Normalmente em biblioteca os documentos institucionais são encaminhados pelas secretárias ou diretorias da instituição. Existe uma periodicidade a ser observada na guarda destes documentos.

O gerenciamento destes documentos deverá ser diferenciado do tratamento normalmente realizado nos diversos tipos de materiais. A classificação utilizada para os materiais geralmente é a CDD ou CDU, porém os documentos institucionais podem ser classificados somente em ordem numérica seqüencial e por data, inseridos em base de dados que gerenciam as informações específicas relacionadas a cada documento.

Existem vários tipos de documentos institucionais tais como: manuais, regimentos internos, regulamentos, avaliação educacional, avaliação institucional, comunicação visual, informação aos alunos, normas, projetos de lei, etc.

A gestão de documentos em organizações deverá ser adequada às tabelas de temporalidade, destino dos documentos, de procedimentos de busca e trâmite da documentação.
O sistema, ou melhor, software de apoio à gestão documental deve atender os princípios e práticas da arquivologia, a escolha do mesmo é muito importante obter uma facilidade de uso e disponibilizar recursos avançados e tecnicamente corretos.

Estudo de caso AG



INTRODUÇÃO de Rosangela Rosa Moraes

As publicações e os eventos atuais da área de documentação tem exibido um cenário onde as empresas demonstram uma certa urgência em obterem soluções para algumas ineficiências apresentadas em seus sistemas de gestão de documentos.

No momento fazemos parte deste cenário. Trabalhamos numa empresa onde os sistemas de gestão de arquivo e documentação já estão implantados, com resultados bastante positivos.

Porém, o fato da empresa ser do ramo da construção pesada, faz com que suas atividades se estendam do corporativo, para os canteiros de obras que detêm no território brasileiro.

Na área corporativa o monitoramento das atividades após a implantação da gestão se dá de uma maneira mais facilitada. É como se a cultura da otimização de espaço, organização e disponibilização de informação já estivessem incutidas nas cabeças o que viabiliza nosso trabalho.

O mesmo não acontece nos canteiros de obra. A demanda de trabalho é outra. Tudo na obra é muito dinâmico, sendo que as atividades estão sempre ligadas ao tempo de duração dela assinado em contrato, inclusive a rotatividade de funcionários.

Neste trabalho faremos um estudo do processo da implantação da gestão de arquivos nestas obras. Para tal, primeiramente faremos uma descrição das etapas que o envolve. Apontaremos a seguir alguns pontos frágeis que temos encontrado durante sua implantação, e que tem impedido um total êxito no desenvolvimento do processo até a sua conclusão. A seguir faremos a exposição de algumas propostas para sua melhoria.

terça-feira, 12 de maio de 2009

Preservação do registro documental – a memória em questão.


Introdução:


A era da tecnologia vem se aprimorando cada vez mais. Com ela veio necessidades e viabilidades para facilitar o trabalho de muitos profissionais.
E uma das áreas que de alguma forma se viu diante desses novos tempos foi a Arquivologia, que é um conjunto de princípios, conceitos e técnicas a serem observados na produção, organização, guarda, preservação e uso de documentos em arquivos, além é claro, de outros profissionais que trabalham em outras entidades que se ocupam da guarda de documentos, tais como bibliotecas e museus.
O contato com essa nova era foi através do recurso: digitalização. A migração de documentos para o formato digital só se deve o fato de uma necessidade em preservar a informação por mais tempo que o aporte em papel oferece e, além é claro, do custo reduzido em que um aporte digital oferece, porém é importante ressaltar que um registro documental em sua “essência” é associado a um sentido histórico, é a representação de imagens de um passado que se torna vivo, é uma memória escrita e por isso é preciso levar em conta dois pressupostos fundamentais: 1) que os registros documentais atestam ações e transações, e 2) que sua veracidade depende das circunstâncias de sua criação e preservação: acontecimentos e coisas que merecem ser preservadas porque são coletivamente significativas em sua diversidade. Cada registro documental assume um lugar único na estrutura documental do grupo ao qual pertence e no universo documental.
A natureza da prova documental é de primordial importância e diz respeito tanto ao direito, que regula a conduta de nossa sociedade, como à história, que a explica. De fato, ambos contam com a reconstrução mental do passado para seus julgamentos e interpretações.
A responsabilidade em preservar o registro documental beneficia não tão só a pesquisa cientifica e sim ira ajudar a reconstruir vestígios de atividades sociais que se foram, atividades essas registradas, trazendo em sua essência a explicação do presente e o estabelecimento entre a história e a memória, o passado e o presente.
Diante dessa responsabilidade cultural, social e histórico do registro documental é preciso ter muito cuidado em transformá-lo em um documento digital. Essa mudança pode representar um fator muito importante para a característica física do documento. A informação pode se manter intacta mais o objeto, a massa documental pode perder significados temporais. Além disso, tem que se pensar na autenticidade do documento. Com a digitalização pode se manipular informações tornando-as irreais. E por isso como Luciana Duranti afirma: “proteger os documentos contra a manipulação ilegítima ou a destruição é o primeiro dever dos arquivistas” e além disso é importante:
“a análise dos registros documentais o método básico pelo qual se pode alcançar a compreensão do passado tanto imediato quanto histórico, seja com propósitos administrativos ou culturais. A natureza da prova documental é de primordial importância e diz respeito tanto ao direito, que regula a conduta de nossa sociedade, como à história, que a explica. De fato, ambos contam com a reconstrução mental do passado para seus julgamentos e interpretações. Essa reconstrução não pode ser feita cientificamente - no sentido dos experimentos desenvolvidos em ambiente de laboratório - e tampouco seus resultados podem ser absolutamente certos, porque os fatos passados não podem ser repetidamente reproduzidos e observados. O passado é essencialmente não verificável e só pode ser descoberto por dedução. Por conseguinte, tanto o direito quanto a história precisam contar mais com probabilidades lógicas do que com certezas para alcançar seus objetivos. A fim de superar as limitações inerentes da prova documental ambas as disciplinas desenvolveram meios semelhantes de avaliá-la e assegurar sua fidedignidade, pois compartilham a mesma necessidade de prova precisa e autêntica” (DURANTI, LUCIANA. ESTUDOS HISTÓRICOS vol. 7 , 1994.)
Além disso há também uma magia em manusear documentos originais pois é muito mais prazeroso e muito mais envolvente quando se está fazendo uma pesquisa em contato com o original em que consultar cópias além disso o documento é um dos testemunhos do passado o que torna insubstituível e único.
Além da informação nele contido, em seu próprio aporte físico traz em sua essência significados históricos que necessitam ser mantidos por séculos à frente, tanto quanto for possível, para as gerações futuras. Esses documentos compõem um legado cultural e histórico para a humanidade. intrinsecamente ligado ao real e ao que tem registrado. Por isso se volta a atenção para a preservação desses tipos de documentos, de cunho histórico e cultural e que, por isso, necessitam de guarda permanente
É claro que é preciso repensar na integridade física de cada documento. E com a explosão da digitalização foi uma das tentativas em preservar um pouco mais os registros documentais e facilitar o acesso as informações nele contido. Porém a “análise da situação, o planejamento arquivístico, a disponibilidade de recursos, a aplicação de métodos e tecnologias necessárias para que a informação esteja acessível à comunidade alvo, a longo prazo, a capacidade de manutenção da integridade e acessibilidade da informação, o acesso não-autorizado, a representação, a interpretação da informação entre tantas variáveis, são preocupações que permeiam a literatura acerca da preservação ou arquivamento digital. (HEDSTROM apud THOMAZ; SOARES, 2004; TASK FORCE ON ARCHIVING OF DIGITAL INFORMATION apud THOMAS; SOAREZ, 2004). E isso se dá principalmente porque os registros eletrônicos são muito instáveis, dependem dos softwares adotados e sofrem rápida obsolescência, o que pode provocar a perda do contexto documental dos registros, ou, em termos tradicionais, da ordem original.
Além disso, é importante ressaltar no controle efetivo da informação, pois a preocupação com a memória e fundamental, pois muitos se têm produzido hoje é um registro de forma não-material, por isso a preservação da totalidade da massa documental produzida por algumas instituições, física é necessário e em contrapartida é importante ter um esses mesmo documentos no digital, mesmo que seja um peso no orçamento, pois eliminar o documento físico seria um golpe na história. O arquivo criado por uma organização não conta apenas sua história, mas aliado a um conjunto testemunhal composto de informações externas, arquivísticas ou não, constitui memória, cuja extensão pode se revelar surpreendente. (BELLOTO, 2004).

HISTÓRIA E EVOLUÇÃO DA DESCRIÇÃO ARQUIVÍSTICA


INTRODUÇÃO

Vivemos atualmente na era da Informação e do Conhecimento. A evolução da tecnologia eletrônica, característica definidora desta época, possibilitou o acesso a bancos de dados e acervos dos mais variados tipos, além de possibilitar a rápida troca de informações entre pessoas situadas a enormes distâncias por um baixo custo, algo impensável há poucas décadas.

Paradoxalmente, a gigantesca disponibilidade de informações e documentos proporcionada pela rede mundial de computadores (internet) oferece um panorama dos novos desafios colocados à ciência da informação. Em outras palavras, muitas vezes acessar rapidamente um documento ou informação na internet, resgata o velho dito popular de “procurar uma agulha num palheiro”.

As contribuições que a arquivologia pode oferecer na resolução destes novos desafios são ainda questões em aberto, mas certamente conceitos como os de classificação e descrição, para ficarmos em apenas dois exemplos, terão um importante papel nessa discussão.

Neste sentido, entendemos que a plena utilização dos recursos oferecidos pelas novas tecnologias de informação pode ser potencializada pela padronização da descrição dos documentos, a fim de que diferenças culturais não impeçam ou atrapalhem a recuperação das informações desejadas.

Esta é uma antiga preocupação dos arquivistas, refletida no grande esforço desenvolvido nas várias escolas internacionais e nos numerosos trabalhos já publicados. Antecede o “boom” das tecnologias eletrônicas, mas possui preocupações similares quando aponta que uma descrição padronizada pode ajudar uma localização mais rápida das informações desejadas, contribuindo assim para que a pesquisa científica ofereça respostas mais precisas em intervalos de tempo menores. Por outro lado, de pouco adiantam as modernas técnicas de preservação e recuperação de documentos se estes não forem corretamente identificados a fim de permitir o seu acesso em qualquer parte do mundo.

Para entrarmos neste debate entendemos ser fundamental retomar a evolução histórica do conceito de descrição, o que nos propomos a fazer neste trabalho.

PLANO DE GESTÃO DE DOCUMENTOS EM ARQUIVOS JURIDICOS










Justificar


TEMA
PLANO DE GESTÃO DE DOCUMENTOS EM ARQUIVOS JURIDICOS


1. INTRODUÇÃO
O desenvolvimento deste projeto visa a garantia de uma gestão efetiva dos processos e documentos e tem por enfoque assegurar a recuperação da informação de maneira eficaz e econômica além de prover o arquivo jurídico de instrumentos capazes de transformar os documentos arquivísticos em uma reserva informacional para apoio às atividades judiciais e administrativas cotidianas, nas tomadas de decisão e no registro da trajetória do escritório e de sua relação com a sociedade civil.

2. PROBLEMA
Ausência de um vocabulário único e controlado (falta da padronização dos termos utilizados na identificação dos processos e documentos);

Os processos e documentos não recebem tratamento de classificação por assuntos (código de classificação) quando de sua geração e recebimento, impossibilitando uma organização física adequada e não permitindo agilizar sua recuperação/localização e facilitar as tarefas arquivísticas de avaliação, seleção, eliminação, transferência e recolhimento;

A Tabela de Temporalidade - atividades meio e fim precisam de atualização e não há manual de destinação de documentos – ferramenta fundamental para uma efetiva gestão de guarda e possível eliminação de documentos;

Não há controle sobre o aumento da massa documental;

Não há um sistema informatizado de gestão de arquivos, que possibilite a integração dos dados relativos aos documentos armazenados no arquivo central.

Quadro insuficiente de pessoal técnico para tratamento dos documentos que compõem o acervo arquivístico acumulado.

Necessidade de identificação da proveniência dos documentos acumulados mediante pesquisa e levantamento da legislação sobre a organização e estrutura do

3. Justificativa
O plano de gestão de documentos de arquivos jurídicos norteará todas as ações de organização do arquivo e que implementará uma nova era no trato da documentação jurídica do escritório

4. Objetivos
Capacitar os profissionais de escritórios de advocacia e departamentos jurídicos das empresas, que trabalham com arquivos, na sua organização, otimização e manutenção, com o propósito de armazenar adequadamente e recuperar eficientemente documentos e pastas. Também ganhos nas seguintes áreas:
Redução da massa documental
Agilidade na recuperação dos documentos e das informações
Eficiência administrativa
Melhor conservação dos documentos de guarda permanente
Racionalização da produção e do fluxo de documentos (trâmite)
Liberação de espaço físico

5. Metodologia

Pesquisas biográficas, estudos de casos.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Os arquivos históricos da Secretária Municipal de Educação da cidade de São Paulo

INTRODUÇÃO de Elaine Aparecida Silva

A idéia para a pesquisa surgiu através do interesse nos documentos que constituem a história da educação municipal da cidade de São Paulo.
Em levantamento inicial foi verificado que a Secretaria Municipal de Educação da Cidade de São Paulo (SME) tem ações voltadas para a preservação e organização dos documentos que compõem sua memória/ história, contando com uma Biblioteca e dois arquivos históricos, nesse estudo o foco será para os arquivos.
Segundo Gonçalves (2008) a partir de 1990 o debate sobre arquivos escolares tem se tornado freqüente, maximizando a preocupação com a preservação e organização desses arquivos, que guardam a memória indispensável para estudos sobre história da educação, cultura escolar e histórico de instituições escolares. E ainda acrescenta que:
As questões referentes à cultura escolar e a fontes que permitam sua percepção e estudo acabam por fazer voltar os olhares aos arquivos escolares, em busca de registros documentais que permitam a reconstituição da cultura material escolar das instituições educativas. (GONÇALVES, 2008, p.3).
O arquivo escolar é formado por todos os tipos de documentos produzidos, recebidos e guardados na escola em qualquer suporte informacional.
Neste estudo a preocupação com a preservação dos arquivos escolares está voltada para os documentos que não tem mais amparo legal para permanecerem guardados, e que correm o risco de serem descartados a qualquer momento para liberação de espaço para outros fins. De acordo com ZAIA (2004) lidar com essa questão exige da instituição escolar ações voltadas à organização e preservação das fontes documentais desde sua criação, até sua destinação final.
Os documentos do arquivo escolar são testemunhos da cultura e da história de determinada instituição e da comunidade escolar que a freqüentou.
As instituições educacionais do município de São Paulo formam o sistema educativo municipal. A seleção e o agrupamento de documentos advindos de diversos arquivos escolares compõem a história da educação municipal, estadual e nacional.
De acordo com Paes (1997) o destino dos arquivos é passar por uma lenta evolução, embora diminua o seu valor administrativo, aumenta a sua importância como documentação histórica. A função de um arquivo permanente/ histórico é:
[...] reunir, conservar, arranjar, descrever e facilitar a consulta dos documentos oficiais, de uso-não corrente, ou seja, concentrar sob sua custódia, conservar e tornar acessíveis documentos não-correntes, que possam torna-se úteis para fins administrativos, pesquisas históricas e outros fins. (PAES, 1997, p.121).
Através da literatura de áreas como educação e arquivologia percebemos que não é dada devida importância aos arquivos escolares nas instituições educacionais, poucas se preocupam com a organização e preservação do seu acervo documental.
Esse problema e suas conseqüências no desenvolvimento da história da educação são percebidos por um número crescente de pesquisadores que reclamam do escasso número de fontes disponíveis para coleta de informações em suas pesquisas.
Diante disso, percebe-se que o desafio evidente é transformar os arquivos inativos de instituições escolares em históricos para que seu alcance ultrapasse a secretária da escola.
A Secretaria Municipal de Educação da cidade de São Paulo conta com dois arquivos históricos: Memória Técnica Documental (MTD) e Memorial do Ensino Municipal (MEM).
A proposição desta pesquisa é fazer um estudo/ diagnóstico dos arquivos históricos da Secretaria Municipal de Educação da Cidade de São Paulo.
O estudo é teórico e descritivo e se justifica pela necessidade de colocar em evidência a importância dos arquivos escolares e apresentar a comunidade acadêmica exemplos reais de arquivos históricos na área da Educação.
A
REFERÊNCIAS

GONÇALVES, Nadia G. O arquivo histórico do Colégio Estadual do
Paraná: organização e inventário de seu acervo documental. In: Cultura Escolar Migrações e Cidadania - Congresso Luso-Brasileiro de História da Educação, 7., 2008, Porto. Anais eletrônicos... Disponível em: . Acesso em: 1 de abril de 2009.

PAES, Marilena Leite. Arquivo: teoria e prática. São Paulo: Fundação Getúlio Vargas, 1997.

ZAIA, Iomar. O acervo escolar: organização e cuidados básicos. São Paulo: Faculdade de Educação – USP, 2004.

Gestão de Arquivos na Atualidade



Introdução de Marilêda Guimarães

Para AVEDON (2001) documento é um conjunto de informações portátil. Documentos podem estar em formato papel, microfilme ou eletrônicos (magnéticos ou ópticos)
Segundo Fonseca (2005) “Gestão de documentos é o planejamento, o controle, a direção, a organização, o treinamento, a promoção e outras atividades gerenciais relacionada à criação, manutenção, uso e eliminação de documentos, com a finalidade de obter registros adequados e apropriados das ações e trações do governo federal e efetivo e econômica gestão das operações das gerências”
O acumulo da informação surgiu através dos governos com a necessidade de coletar e armazenar informações da população, essas informações eram geradas a partir de censo, aplicadas apenas para fins administrativos.
Á medida que os documentos aumentavam de volume houve a necessidade de repositórios especiais. Esses documentos eram no suporte de rolos de pergaminho e o armazenamento era junto de outros objetos sem nenhum tratamento técnico.
Os arquivos no século XIII eram centralizados e constantemente movidos de um lugar para o outro seguindo os seus donos, criando assim sérios problemas para o desenvolvimento do arquivo.
Com o princípio da proveniência, criou a classificação e a organização do acervo, hoje denominada gestão da informação.
No século XX surge a preocupação em fazer o descartes de documentos devido o aumento da informação. Diante da problemática de não eliminar documentos que teriam que ser preservados, Silvia e colaboradores identificam dois principais modelos, o modelo inglês e o alemão.
Nos dias de hoje a informação vem aumentando a cada minuto e se modernizando dando origem a vários formatos e suportes.
Com o advento da tecnologia a informação democratizou e impede as barreiras do seu acesso. O usuário não precisa estar no local físico para realizar as suas pesquisas ou para se manter informado.
As redes de computadores cresceram de maneira surpreendente invadindo o cotidiano das pessoas.
Com tanta tecnologia como conservar estas informações para não se perderem já que o objetivo da guarda de documentos é disponibilizar para os usuários? Esses novos suportes também precisam de tratamento tanto técnico como de preservação para não termos uma informação não estruturada. É um desafio para os profissionais da gestão da informação acompanhar os novos formatos e suportes para levar a informação para toda parte do mundo em questão de segundos
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AVALIAÇÃO DA COMPETÊNCIA DE LEITURA EM CRIANÇAS DO ENSINO FUNDAMENTAL I

Introdução de Evanete
Trabalhar a competência de leitura com crianças em idade escolar pode ser uma tarefa desafiadora. A criança é bombardeada diariamente com alternativas de divertimento e cultura que nem sempre estão ligadas com a leitura propriamente dita.
Hoje a grande maioria das crianças são adeptas ao videogame, Internet, jogos eletrônicos e despertá-la par ao gosto da leitura nos mais diferentes portadores de texto, requer do profissional que está à frente dessa missão, dinamismo e permanente atualização.
Ler por deleite pode ser o caminho para formar futuros leitores conscientes dos valores agregados que essa prática cotidiana proporciona. Mas como formar leitores competentes nesse universo de possibilidades que as novas tecnologias oferecem?
Diante do resultado de uma pesquisa de campo aplicada aos profissionais que trabalham no Ensino Fundamental I verificou-se que, o computador com toda a sua interatividade e riqueza multimídia é contagiante, mas para a criança deve ser encarado apenas como uma ferramenta a mais de estímulo nesse processo de formação de competência em leitura.
Apesar de todos os avanços tecnológicos, o livro ainda é o grande incentivador da leitura e continua “arrebanhando” multidões às bienais, livrarias e afins.

Gestão do conhecimento: a importância do profissional da informação como facilitador


INTRODUÇÃO DO TRABALHO DA EMILENE


As organizações estão passando por mudanças e transformações a cada dia que passa e essas alterações provocam constantes impactos na sociedade e na vida das pessoas, acelerando cada vez mais, as mudanças ambientais (CHIAVENATO, 1997). No decorrer do século XX e início do XXI, as organizações passaram por três fases distintas: - A primeira fase, denominada Era da Industrialização Clássica (1900 — 1950), teve o seu início da Revolução Industrial, momento em que a estrutura organizacional predominante tinha formato piramidal e centralizador, departamentalização funcional, modelo burocrático, centralização das decisões no topo, estabelecimento de regras e regulamentos internos para disciplinar e padronizar o comportamento dos participantes. A cultura organizacional era voltada para conservação dos valores tradicionais, ao longo do tempo, as pessoas eram consideradas recursos de produção e por esse motivo a administração das pessoas era denominada Relações Industriais. Tudo isso se destinava para servir à tecnologia e o homem era considerado, apenas, um apêndice da máquina. O mundo estava mudando, mas as mudanças ainda eram vagarosas (CHIAVENATTO, 1997). Nessa época não se pode identificar qualquer valorização do ser humano, as pessoas eram vistas só para produzir como uma máquina ou para operá-las. Não havia envolvimento do conhecimento de cada trabalhador com a realização final do produto da organização, O sistema era voltado totalmente para uma cultura de tradições onde funcionava o que os antigos pensavam e não havia inovação. Observa-se também, que o cliente não era citado nesta época, ou seja, o cliente se moldava ao produto oferecido, as organizações não produziam em função das necessidades dos clientes. O foco não era o cliente, nem os funcionários, mas somente a produção em si. Depois, veio a Era da Industrializaçao Neo-Clássica (1950-1990), onde começaram a ocorrer as mudanças mais intensas, rápidas e pouco previsíveis. A competição entre as organizações começou a crescer. O velho modelo da era clássica tornou-se inflexível e vagaroso demais para acompanhar as mudanças. Houve a tentativa de novos modelos. Surgiu a estrutura matriarcal como uma espécie de quebra-galho para tentar consertar e reavivar a velha e tradicional organização funcional com a abordagem matricial. Adicionou-se a organização funcional um esquema lateral de departamentalização por produtos/serviços para agilizar e funcionar como um turbo capaz de proporcionar uma estrutura com características de inovação e dinamismo e alcançar maior competitividade. A cultura organizacional deixou de privilegiar as tradições passadas e passou a concentrar-se no presente, enquanto o conservantismo cedeu lugar a inovação. A velha concepção de Relações Industriais foi substituída por uma nova visão de administração de recursos humanos: as pessoas como recursos vivos e não como máquinas. A tecnologia passou por um incrível e intenso desenvolvimento e começou a influenciar poderosamente a vida nas organizações e as pessoas que delas participavam (CHIAVENATTO, 1997). Percebem-se as primeiras mudanças e também uma melhor visão em relação ao ser humano que não é mais considerado como máquina e se dá o início do reconhecimento das características de cada trabalhador. Mas, ainda não há uma valorização do conhecimento das pessoas, identificando o que cada uma pode trazer para a organização. O cliente começou a exigir, talvez por isso pôde-se identificar uma maior caracterização das mudanças, já que as organizações passam a atender os clientes pela concorrência que começa a crescer. A terceira e ultima fase, chamada Era da Informação e conhecimento (1990 - ....) é considerada a época que estamos vivendo hoje. Mudanças rápidas, imprevistas, inesperadas. A tecnologia trouxe desdobramentos completamente inusitados e transformou o mundo em aldeia global. A informação passou a cruzar o planeta em milésimos de segundo. A tecnologia da informação provocou o surgimento da globalização da economia: a economia internacional transformou-se em economia mundial e global. A competitividade tornou-se mais intensa entre as organizações. Os processos organizacionais ganharam maior importância do que os órgãos que constituem a organização. Os órgãos tornaram-se provisórios e não definitivos, os cargos e funções passaram a ser constantemente definidos e redefinidos em razão das mudanças no ambiente e na tecnologia, os produtos e serviços passaram a ser continuamente ajustados as demandas e necessidades do cliente, agora dotados de hábitos mutáveis e exigentes. O recurso mais importante deixou de ser o capital financeiro e passou a ser o conhecimento. As pessoas e seus conhecimentos e habilidades cognitivas passaram a ser a principal base da nova organização. A administração de recursos humanos cedeu lugar “a gestão de pessoas. As pessoas passaram a ser consideradas seres dotados de inteligência, conhecimentos, habilidades, personalidades, aspirações, percepções e outros (CHIAVENATTO, 1997). Nessa era pode-se identificar o surgimento da valorização da informação e como esta interfere no processo de cada organização. Os clientes passaram a exigir mais, pois a informação começou a percorrer todo o mundo, trazendo idéias e produtos de todas as partes e fazendo haver uma maior competitividade, inclusive com produtos importados, onde os clientes começaram, a saber, o que queriam e as organizações passaram a produzir para os clientes. Pode-se, até considerar, nos dias de hoje, um novo passo em direção à Era do Conhecimento, quando cada pessoa é valorizada pelo que conhece e pela sua aplicação dentro das organizações, visando um crescimento mutuo. A gestão das pessoas representa a maneira como as organizações procuram lidar com as pessoas que trabalham em conjunto em plena era da informação. Não trata mais de administrar as pessoas, mas de administrar com as pessoas. A moeda do futuro não vai ser financeira, mas intelectual (CHIAVENATTO, 1997). A valorização do conhecimento humano, principalmente do conhecimento tácito, embora tenha ocorrido somente nos últimos tempos, permitiu que muitas organizações investissem nesta direção, cada vez mais implantando serviços de informações que permitam identificar, armazenar e recuperar este tipo de conhecimento visando à melhoria dos processos de trabalho. É possível observar ainda, que em época de crise (econômica - financeira) estes investimentos e a conseqüente valorização do conhecimento ocorrem mais intensamente como uma forma de atenuar a crise das organizações. Parte-se do pressuposto de que as pessoas que souberem desenvolver seu conhecimento terão uma grande valorização nas organizações onde atuam. Aquelas que souberem adquirir esse conhecimento terão grande aceitação no mercado interno e externo ao seu âmbito de negociação. Para essa grande valorização precisamos estar sempre atentos às nossas atitudes em relação ao conhecimento e aos dos outros, para que nada passe desapercebido. A criação de sistemas de informação que tem como entrada das informações e o conhecimento gerados na própria organização, torna-se algo muito complexo se levado em consideração que cada organização tem sua própria história e que na medida em que se estrutura, adquire identidade, tradições e padrões de comportamento, passando a delinear os valores, crenças e mitos próprios. Esta realidade faz com que empresários e gerentes empreendedores busquem repensar as organizações a partir da análise dos elementos responsáveis pela formação da cultura dominante na organização a forma como eles funcionam e, ainda as mudanças que eles provocam no comportamento do seu capital humano. Se a informação e o conhecimento são, teoricamente, reconhecidos como cruciais para a sobrevivência do negócio ou da organização, e se a sua transmissão ou transferência só pode se dar de pessoa para pessoa, podem estar permeados por fatores subjetivos como valores, crença, mitos dentre outros. Neste contexto, surgiu o interesse em estudar, do ponto de vista teórico, as seguintes questões: Quais são os fatores que caracterizam as dificuldades de transferência, uso e valorização do conhecimento humano dentro das organizações? Há falta de registro e localização das informações e conhecimento?
Partindo deste pressuposto, enfatizar a importância de um profissional da informação dentro das organizações para facilitar todo o processo de gestão do conhecimento

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Sugestão de indicadores de qualidade para serviços de informação




Introdução

No Brasil, datam no início da década de 1990, os primeiros relatos da aplicação de fundamentos da qualidade em serviços de informação, foram adaptações e adequações de procedimentos já utilizados em indústrias.

Nos últimos anos, a administração de serviços de informação, assim como outros setores, sofreu alterações em razão das mudanças econômicas e sociais, havendo a necessidade da melhoria do nível de qualidade prestado aos seus usuários, já que a competitividade e concorrência acirrada formam fatores predominantes para destacar-se no mercado.

Entende-se como serviços de informação: bibliotecas, arquivos jurídicos, audiovisuais, de imagens, documentais, centros de documentação, memória, etc.

Assim como as bibliotecas que já possuem seu reconhecimento e sua importância, o arquivo em geral, é o local onde documentos naturalmente são acumulados por pessoas ou instituições, ao longo de sua existência ou funcionamento.

O objetivo dos arquivos e quem nele trabalha é de facilitar o acesso à informação, imprescindível no processo decisório e funcionamento das atividades governamentais e/ou de empresas privadas ou pessoa física, assim como testemunho dos direitos do cidadão, além de ser utilizada por historiadores para crítica e explicação das sociedades passadas

Shaughnessy (1987) apud Vergueiro e Carvalho (2001), defende que os principais requisitos para a qualidade de um serviço de informação são o entendimento das necessidades e expectativas dos usuários, a segurança, incluindo a confiabilidade, cortesia e comunicabilidade, linguagem adequada por parte do profissional da informação, incluindo postura corporal e finalmente, ambientação física adequada.

Por haver uma certa deficiência nos métodos de administração tanto de bibliotecas quanto de arquivos e centros de documentação, traduzido em uma “ carência de instrumentos gerenciais que permitam o levantamento e avaliação do desenvolvimento dos trabalhos e que possibilitem um controle maior da qualidade do serviços prestados” (MEDEIROS et al, 2000, apud VALLS; VERGUEIRO, 2006, p. 121), conclui-se ser relevante abordar a questão de sugestão de indicadores de qualidade para os serviços de informação.

Os serviços de informação passaram a rever seu papel, diante das instituições mantenedoras (universidades, empresas privadas, institutos, etc), que começam a exigir níveis de qualidade que justifiquem a própria manutenção do serviço, além da nova postura do cliente direto (usuário do serviço) com um papel cada vez mais ativo e exigente.

O estabelecimento de padrões de avaliação e indicadores da qualidade está relacionado à tomada de decisões baseada em fatos, definindo claramente e perseguindo alvos e metas concretas de desempenho, aumentando a eficácia e eficiência dos serviços prestados e auxiliando na avaliação dos mesmos de maneira isenta e baseada em métodos científicos.

É necessário que se desenvolvam padrões, medidas e indicadores, tendo como alvo as necessidades dos usuários como também promover a sensibilidade da equipe, implantando treinamento contínuo para que executem bem suas atividades técnicas rotineiras, utilizando-se adequadamente das estatísticas como parâmetros de avaliação para determinação de indicadores bons ou ruins, transformando suas expectativas em medidas quantitativas e qualitativas. (ANDRADE, 2004 apud VALLS; VERGUEIRO, 2006).

Os indicadores são importantes para estabelecer uma comparação entre as metas planejadas e o desempenho conseguido. São indispensáveis em qualquer avaliação de desempenho.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Arquivos de áudio na Internet - formas de organização


Introdução




A Internet permite diferentes formas de organização de arquivos em seus sites.

Estas formas de organização tendem a se adaptar aos tipos de pesquisas efetuadas em cada site, baseadas em sua natureza.

Por existirem variados formatos de arquivos de áudio, e por existirem diferentes tipos de páginas de Internet que os utilizam/disponibilizam, encontramos muitas maneiras de organizá-los de forma a atender as pesquisas efetuadas e a demanda pelos arquivos.

A organização de arquivos de áudio em um site na Internet deve levar em conta características como tamanho do arquivo, formato do arquivo, qual será sua utilização, as forma de acesso ao arquivo, a quantidade de (possíveis) acessos ao arquivo e as opções de segurança e preservação do arquivo, dentre outras.

Desta forma, se faz necessário obter maior conhecimento sobre estas características nos arquivos a serem organizados, bem como analisar e comparar as formas de organização utilizadas atualmente e no passado.

Diante do exposto, o objetivo deste projeto será efetuar pesquisas, análises e comparações do conteúdo de alguns sites que contenham este tipo de arquivo, de forma a compilar as diferentes formas de organização de arquivos de áudio utilizadas na Internet.


RETENÇÃO E COMPARTILHAMENTO DO CAPITAL INTELECTUAL NAS EMPRESAS


INTRODUÇÃO

Informações e conhecimento permeiam as atividades dentro de uma empresa, daí a importância de se preservar e proporcionar um ambiente que seja propício para o compartilhamento desse conhecimento.
Seriamos ingênuas se acreditássemos que proporcionar o compartilhamento de informações dentro das empresas é uma tarefa fácil, mas acreditamos não ser impossível provocar os indivíduos e equipes a uma profunda análise das circunstâncias, do diálogo pertinente e até do impertinente, do exercício da mente, coração e vontade abertos, do assumir responsabilidades pelas ações.
Dentro desta perspectiva dirigimos nosso olhar para os talentos que atuam nas empresas e verificamos que uma grande problemática é: Como não perder o conhecimento tácito dos colaboradores, adquirido muitas vezes por meio de treinamentos adicionais e/ou experiência na função desempenhada?
Dentre os muitos aspectos que devem ser levados em conta há primeiramente que identificar o conhecimento que há nas organizações, quem são os especialistas e suas redes internas.
O aspecto colaborativo de troca de informações dentro da empresa pode ser dificultado devido à gestão enxuta, reestruturação constante ou a crescente troca de funcionários. Para combater esse problema é preciso haver recursos que proporcionem a transparência e o compartilhamento do conhecimento que envolve questões de poder e confiança.
Outro desafio é como tornar as informações e o conhecimento visíveis e que ferramentas seriam necessárias e quais seriam as ideais para possibilitar o fácil acesso e a retenção do conhecimento da empresa. Além disso, é também imprescindível resaltar a importância da implementação de processos que garantam a atualização constante dessas informações. Essa questão enfrenta atualmente uma dificuldade crescente devido à velocidade e quantidade das informações geradas pelo advento da Internet e desenvolvimento de novas tecnologias que se tornam absoletas de um dia para outro.

Em face a tantos desafios, com base na literatura, apresentaremos numa visão crítica, diferente cenários possíveis de empresas onde a gestão do conhecimento organizacional é e onde não é possível e seus aspectos concernentes.
Estudar o tema para nós apresenta-se como uma oportunidade de aprendizado e um novo olhar sobre as Pessoas, não apenas como Recursos, e sim, lançando um olhar para o Capital Intelectual e Humano que elas carregam consigo, que podem fazer a diferença dentro da organização.


Arlete Cagnoto de Mello
Inês Uehara
Silvia Regina Costa

terça-feira, 5 de maio de 2009

TÉCNICAS DE PRESERVAÇÃO E CONSERVAÇÃO DE VÍDEOS EM ARQUIVOS AUDIOVISUAIS


INTRODUÇÃO

Quando nos referimos à preservação e conservação de arquivos audiovisuais estamos buscando cultivar parte de uma história, e como conhecer e manter a história se os vídeos que à representam não forem conservados?

O processo de preservação e conservação de vídeos, embora não seja priorizado por diversos arquivos audiovisuais, é um processo extremamente importante, pois sem ele o arquivo está sujeito a perda de informações de grande valor, que poderão ser esquecidas, influenciando na história e na cultura de uma sociedade.

Para que o processo de preservação e conservação de vídeos seja realizado com êxito, é necessário levar em consideração alguns aspectos, como os gerenciais, financeiros e humanos, tais aspectos estão vinculados às atividades técnicas e políticas de planejamento, fatores fundamentais para a realização desse processo em arquivos de imagens.

É pensando nesses aspectos e na importância de salvaguardar informações contidas nos vídeos, que o presente trabalho irá tratar sobre “Técnicas de preservação e conservação de vídeos em arquivos audiovisuais”, fazendo uma abordagem sobre algumas das principais características desse tipo de material, preocupando-se não só com o suporte, mas também com os dispositivos tecnológicos que estão atrelados a ele.

Documentos cartoriais



Trabalho de Cássia Cerqueira e Ana Paula da Silva

INTRODUÇÃO

Os livros de registro dos Cartórios da cidade de São Paulo constituem uma importante fonte para a pesquisa histórica e item do patrimônio documental do país. Com vista nisso desenvolvemos uma pesquisa para se verificar qual a preocupação dos cartórios em obedecer à legislação que ampara esse tipo de documento público.
Essa pesquisa mostrará um panorama geral, contextualizando o surgimento do cartório no Brasil e sua evolução. Em seguida vamos abordar o cartório de notas, que foi nossa escolha na delimitação da pesquisa de campo, devido a sua importância e variedade de serviços prestados à sociedade e aos documentos produzidos de caráter público, de importância vital para memória e por seu valor comprobatório. Outro foco de nossa pesquisa de campo foi o Arquivo do Estado que além de outros tipos de documentos é responsável pela guarda de documentos cartoriais em seu estágio permanente.
Vamos abordar a legislação que rege o funcionamento dos cartórios e guarda de documentos cartoriais. Comparando a legislação vigente sobre a política de arquivos públicos à nossa pesquisa de campo ao cartório e ao Arquivo do Estado. Concluímos levantando algumas problemáticas encontradas ao longo da pesquisa, em relação ao cumprimento da normativa legal e ao acesso do cidadão a esse tipo de documento em seu estágio permanente.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

INTERNET: UMA FONTE DE INFORMAÇÃO EM REDE ( (AMIGA OU INIMIGA DA INFORMAÇÃO?)








Este trabalho tematiza a Internet como uma fonte de informação. A hipótese geral desta pesquisa foi a de que, apesar de enorme conflito que o excesso de informação possa causar, se a pessoa souber encontrar, avaliar e filtrar as informações na Internet, ela poderá atingir seu objetivo de busca e usar o encontrado de maneira mais efetiva. Meu objetivo foi discutir sobre como sobreviver no mundo virtual e, a partir disso, analisar quais são as características dessa rede, em termos de repositório de informações, e quais são os efeitos que o grande fluxo de informação pode causar ao ser humano. Como procedimento metodológico, buscamos informações em diferentes tipos de sites, em um jornal e no livro “Cibercultura”, de Levy (1999). Os resultados mostraram que a Internet passou a inverter seus próprios valores, ao tornar o prazeroso ciberespaço em um mundo difícil e complicado, com muitas distrações e com um enorme excesso de informação